Resolução nº 361, de 1º de abril de 2004 (REVOGADA)
Revogada pela Resolução nº 686/2017 |
Aprova Norma para Certificação e Homologação de Transmissores e Transceptores Monocanais Analógicos FM e PM para Operação nas Faixas de Freqüências Abaixo de 1 GHz. |
Observação: Este texto não substitui o publicado no DOU de 22/4/2004.
O CONSELHO DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 22 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, e art. 35 do Regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações, aprovado pelo Decreto n.º 2.338, de 7 de outubro de 1997,
CONSIDERANDO os comentários recebidos em decorrência da Consulta Pública nº 470, de 21 de agosto de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 25 de agosto de 2003,
CONSIDERANDO que, de acordo com o que dispõe o inciso I do art. 214, da Lei nº 9.472, de 1997, cabe à Anatel editar regulamentação em substituição aos regulamentos, normas e demais regras em vigor;
CONSIDERANDO deliberação tomada em sua Reunião nº 294, realizada em 31 de março de 2004, resolve:
Art.1º Aprovar a Norma para Certificação e Homologação de Transmissores e Transceptores Monocanais Analógicos FM e PM para Operação nas Faixas de Freqüências Abaixo de 1 GHz, na forma do Anexo a esta Resolução.
Art. 2º Esta Resolução substitui a Portaria n° 7, de 12 de janeiro de 1989, do Ministério das Comunicações, publicada no Diário Oficial da União de 13 de janeiro de 1989, que aprovou a Norma n° 01/89 - Norma de Especificações Técnicas para Equipamentos Rádio Monocanal na faixa de 30 MHz a 470 MHz com Modulação Angular e a Norma n° 02/89 - Norma de Métodos de Medida para Equipamentos Rádio Monocanal na faixa de 30 MHz a 470 MHz com Modulação Angular.
Art. 3º Determinar que, após 90 (noventa) dias da data de publicação desta Resolução, o cumprimento das disposições contidas na Norma para Certificação e Homologação de Transmissores e Transceptores Monocanais Analógicos FM e PM para Operação nas Faixas de Freqüências Abaixo de 1 GHz tornar-se-á compulsório.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
PEDRO JAIME ZILLER DE ARAÚJO
Presidente do Conselho
ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 361, DE 1º DE ABRIL DE 2004.
NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS FM E PM PARA OPERAÇÃO
NAS FAIXAS DE FREQUÊNCIAS ABAIXO DE 1 GHZ
Esta norma estabelece os requisitos técnicos gerais e específicos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade de transmissores e transceptores monocanais analógicos FM e PM operando em faixas de freqüências abaixo de 1 GHz, para efeito de certificação e homologação junto à Agência Nacional de Telecomunicações.
Para fins desta norma, são adotadas as seguintes referências:
I - Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos de Telecomunicações, aprovada Resolução Anatel nº 242, de 30 de novembro de 2000.
II -Anatel - Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Freqüências no Brasil.
Para fins desta norma aplicam-se as seguintes definições:
I - Ambiente: entende-se como meio que cerca ou envolve os produtos para telecomunicações em operação.
II - Ambiente Totalmente Aberto: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações ficam totalmente expostos à radiação solar direta, vento e chuva.
III - Ambiente Aberto Protegido: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta e chuva, ficando, contudo, expostos ao vento e à radiação solar indireta.
IV - Ambiente Protegido com Ventilação: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, janela e outros) que permite uma troca de ar com o ambiente externo de forma natural ou mecânica.
V - Ambiente Climatizado: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, porta, janela e outros) e controle de temperatura, contudo, sem controle da umidade relativa.
VI - Ambiente Climatizado com Umidade Controlada: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, porta, janela e outros), com controle de temperatura e da umidade relativa.
VII - Ambiente Fechado: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, sem controle da temperatura, sem controle da umidade relativa e sem troca constante da umidade relativa e sem troca constante de ar com o ambiente externo. O container que proporciona este ambiente no seu interior permite aberturas para testes e manutenção em campo.
VIII - Compatibilidade Eletromagnética: capacidade de um dispositivo, equipamento ou sistema, de funcionar de acordo com suas características operacionais, no seu ambiente eletromagnético, sem impor perturbação intolerável naquilo que compartilha o mesmo ambiente.
IX - Desvio Nominal de Freqüência: desvio de freqüência da portadora causado pelo sinal padrão de teste.
X - Distorção Harmônica: caracterizada pela geração no transmissor de componentes de freqüências múltiplas (harmônicos) do sinal padrão de teste modulante.
XI - Emissão Espúria: emissão em uma ou várias freqüências que se encontrem fora da faixa necessária e cujo nível pode ser reduzido sem afetar a transmissão de informação correspondente. As emissões espúrias incluem emissões harmônicas, emissões parasitas e produtos de intermodulação, mas excluem emissões na vizinhança imediata da faixa necessária, que são resultantes do processo de modulação para transmissão da informação.
XII - Equipamento a ser certificado (ESC): equipamento de telecomunicação a ser submetido aos ensaios prescritos nesta norma, visando sua certificação.
XIII - Espaçamento de canal: diferença entre as freqüências centrais de dois canais RF adjacentes de um determinado plano de canalização.
XIV - Estabilidade de freqüência: desvio máximo da freqüência portadora em torno do seu valor nominal no transmissor e receptor.
XV - Freqüência Portadora: freqüência da portadora do sinal.
XVI - Freqüência Imagem: freqüência indesejável que entra em conversores de freqüências heteródinas e que pode causar batimento com o oscilador local para produzir a freqüência intermediária e aparecer na saída do receptor. Tal freqüência indesejável está afastada de duas vezes o valor da freqüência intermediária em relação à freqüência nominal de recepção.
XVII - Freqüência Intermediária: freqüência fixa resultante do batimento do sinal recebido com freqüência gerada pelo oscilador local, em um equipamento heteródino.
XVIII - Máscara do espectro de transmissão: contorno de máxima densidade espectral de potência relativa à central do canal permitida na transmissão.
XIX - Medidor: instrumento de medida, pertencente ou não ao equipamento, que permite a medição de parâmetro do equipamento.
XX - Ponto de medida: ponto situado no trajeto do sinal, que implica a interrupção deste quando são realizadas medições.
XXI - Portadora CW: portadora sem modulação.
XXII - Psofômetro: dispositivo que considera as características do ouvido humano na perturbação de ruídos.
XXIII - Radiofreqüência [RF] (ou ondas de rádio ou ondas hertzianas): ondas eletromagnéticas de freqüências, arbitrariamente, abaixo de 3000 GHz, propagando-se no espaço sem guia artificial.
XXIV - Ruído fixo ou zumbido de FM: ruído de fundo ou fixo presente no transmissor e receptor mesmo sem sinal modulante da portadora.
XXV - Seletividade: capacidade de rejeição do receptor a sinais com freqüências fora de sua faixa de operação.
XXVI - SINAD padrão de 12 dB: relação entre a potência total de sinal padrão + ruído + harmônicas de distorção e a potência de sinal (padrão) + harmônicas de distorção igual a 12 dB.
XXVII - Sinal padrão de teste: sinal modulante da portadora caracterizado por um tom de 1000 Hz e nível que resulte em um desvio de freqüência de 60% do máximo permitido.
4.1. Os equipamentos devem operar conforme regulamentação de canalização e condições de uso, específica para a faixa de freqüência utilizada, em particular no que se refere às freqüências nominais das portadoras dos canais de radiofreqüências (RF) e seus espaçamentos, aos arranjos dos canais de RF, às capacidades de transmissão, desvios máximos de freqüência, às larguras máximas das faixas ocupadas pelo canal e às potências de transmissão.
5. Características do Transmissor
5.1.1. A potência de transmissão máxima na entrada do circuito alimentador da antena (ponto B’ou C’ da Figura 1) deve estar de acordo com a regulamentação de canalização e condições de uso para cada faixa de freqüências especificada. Não havendo valor especificado, a potência máxima deve ser de +40 dBm.
5.1.2. Os pontos B’ e C’ coincidem quando duplexadores são utilizados no lugar de circuitos de derivação.
5.1.3. A variação da potência de transmissão sem modulação não deve exceder de ± 1 dB do valor nominal fornecido.
5.2. O espectro de um canal RF transmitido, medido na entrada do circuito alimentador da antena (ponto B’ou C’ na Figura 1), deve atender à máscara de emissão da Figura 2.
Figura 2 - Máscara do espectro de emissão
onde:
f ’ é a freqüência relativa à freqüência central do canal RF (f’= f - fc);
?f é a separação entre canais do plano de canalização.
5.3. O nível de espúrios e harmônicos de transmissão medido na entrada do alimentador da antena (ponto B’ou C’da Figura 1) e nas freqüências afastadas da freqüência nominal da portadora do canal de RF de mais de 250% do espaçamento entre portadoras não deve exceder os limites da máscara na Figura 2 para f’/?F = 2,5.
5.4. A estabilidade de freqüência deve ser de ± 10 ppm (partes por milhão).
5.5. A resposta de áudio deve apresentar a variação máxima de +1 dB a –3 dB relativa à curva de pre-ênfase de 6 dB/oitava.
6. Características do Receptor
6.1. Sensibilidade do Receptor
6.1.1. A sensibilidade do receptor, expressa pelo nível de potência ou tensão elétrica na saída do circuito derivador (ponto C da Figura 1) para SINAD padrão de 12 dB, não deve exceder a –116 dBm ou 0,35 mV sobre impedância de 50 ohms, respectivamente.
6.1.2. Os pontos B e C coincidem quando duplexadores são utilizados no lugar de circuitos de derivação.
6.2. A rejeição a espúrios e componentes de freqüência imagem deve resultar em uma atenuação igual ou superior a 60 dB em relação ao nível de sensibilidade do receptor (SINAD Padrão), referidos ao ponto C da Figura 1.
6.3. A seletividade de canal adjacente deve ser igual ou superior a 70 dB para nível de SINAD Padrão de 12 dB.
6.4. A rejeição a espúrios de intermodulação deve resultar em uma atenuação igual ou superior a 50 dB relativa ao nível de sensibilidade do receptor (SINAD Padrão).
6.5. A resposta de áudio deve ser de 300 Hz a 3000 Hz com variação máxima de +2 dB a –8 dB relativa à curva de-ênfase de 6 dB/oitava.
7. Características do Transceptor
7.1. A distorção harmônica deve ser inferior a 6%.
7.2. A potência de Ruído Fixo ou Zumbido de FM gerado pelo transceptor deve ser inferior a do sinal padrão de no mínimo 45 dB.
8.1. Os fabricantes devem selecionar, entre as classes de condições de temperatura e umidade relativa, especificadas na tabela 1 e definidas nos incisos II a VII do item 3, aquela aplicável às condições de operação do equipamento a ser certificado.
8.2. Os valores extremos da temperatura e da umidade relativa correspondentes à classe selecionada serão utilizados nos ensaios especificados no anexo I.
Tabela 1 – Condições ambientais
Classe Ambiental |
Temperatura (ºC) |
Umidade (%) |
Totalmente Aberto |
-10 a +55 |
10 a 95 |
Aberto Protegido |
-10 a +50 |
10 a 95 |
Protegido com Ventilação |
+5 a +45 |
10 a 95 |
Climatizado |
+10 a +35 |
10 a 80 |
Climatizado com Umidade Controlada |
+22 a +28 |
50 a 70 |
Fechado |
-10 a +70 |
10 a 95 |
9. Compatibilidade Eletromagnética
9.1. O equipamento a ser certificado deve atender aos requisitos e procedimentos de ensaios, estabelecidos na regulamentação específica emitida ou adotada pela Anatel referente à compatibilidade eletromagnética.
10. Identificação da Homologação
10.1. O equipamento deve portar o selo Anatel de identificação legível, contendo a logomarca Anatel, o número da homologação e a identificação por código de barras, conforme modelo e instruções descritas no artigo 39 e Anexo III do Regulamento, anexo à Resolução n° 242, de 30.11.2000, ou outra que venha a substituí-la.
MÉTODOS DE ENSAIOS PARA A AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS FM E PM PARA OPERAÇÃO NAS FAIXAS DE FREQUÊNCIAS ABAIXO DE 1 GHZ
I.1 Diagramas de Blocos
I.1.1 Os diagramas de blocos apresentados na figura I.1 são simplificados e indicam pontos de referência citados nesta norma. Em geral, os pontos C e C’ (assim como os correspondentes aos terminais de antenas TA e T’A) coincidem. Os pontos B’ e C’, B e C coincidem quando duplexadores são utilizados como circuitos de derivação.
Figura I.1 - Diagrama de Blocos
I.2 Condições Gerais de Ensaio
I.2.1 Os métodos de ensaios de que trata este anexo referem-se apenas aos parâmetros específicos de transmissores e transceptores analógicos requeridos diretamente por esta norma. Métodos de ensaios para a avaliação da conformidade de outros sistemas tais como interfaces de entrada e saída, de banda base, de Rede de Gerência de Telecomunicações e sistemas de alimentação, estão fora do escopo deste documento.
I.2.2 Os métodos de ensaios para a avaliação da conformidade apresentados neste anexo são típicos e recomendados. Métodos alternativos podem ser utilizados mediante acordo entre Solicitante da certificação, o Laboratório de Ensaios e o Organismo de Certificação Designado. A descrição e a justificativa para utilização do método alternativo acordado devem constar do Relatório de Ensaios.
I.2.3 O Equipamento a Ser Certificado (ESC) apresentado para avaliação de certificação deve ser representativo dos modelos em produção e um conjunto adequado deve ser fornecido para os ensaios de conformidade.
I.2.4 Todos os ensaios que serão realizados em condições ambientais de referência e seus resultados serão considerados como de referência. O desempenho do ESC em condições de referência será utilizado para comparação com resultados dos ensaios realizados em condições ambientais extremas.
I.2.5 Por razões de praticidade e conveniência, alguns ensaios serão realizados somente em condições ambientais de referência.
I.2.6 A condição ambiental de referência é uma das possíveis combinações de temperatura, umidade relativa e pressão do ar, incluídas dentro dos seguintes limites:
a) Temperatura: de +10oC a +35oC
b) Umidade relativa: de 10% a 80%
c) Pressão: de 8,6x104 Pa a 1,06x105 Pa
I.3 Configurações de Ensaio
I.3.1 Um esquema típico de configuração de ensaio para o ESC é apresentado na figura I.1.
I.3.2 Ensaios de características de transmissão
I.3.2.1 Potência de transmissão máxima e tolerância de potência de transmissão
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é verificar se a medida da potência máxima de saída nos pontos de referência C’ (ou B’ quando o equipamento não incluir circuito de derivação) atende ao valor declarado pelo solicitante e se não apresenta variação relativa ao valor nominal acima da tolerância especificada nesta norma, mais ou menos (+/-) a tolerância especificada.
Instrumentos de teste:
Medidor de potência e sensor de potência.
Configuração de ensaio:
Figura I.2 - Configuração de ensaio de estabilidade de potência de transmissão
Procedimento:
Com o nível de potência do transmissor ajustado no valor nominal e com as condições de ensaio estabelecidas, o valor da potência de saída é medido no ponto de referência B’ (ou C’). As perdas entre o ponto de teste e o medidor de potência devem ser consideradas. Para cada valor medido, calcular a diferença percentual do valor nominal.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 desta norma:
- temperatura mínima e umidade relativa mínima;
- temperatura máxima e umidade relativa máxima.
I.3.2.2 Máscara espectral de RF
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é verificar se o espectro de transmissão está de acordo com os requisitos desta norma.
Instrumentos de teste:
Analisador de espectro e plotadora.
Configuração de ensaio:
Figura I.3 - Configuração de ensaio de máscara espectral de RF
Procedimento:
A porta de saída do transmissor deve ser conectada a um analisador de espectro com tela de persistência variável ou facilidade de armazenamento digital. Os parâmetros do analisador de espectro devem ser ajustados de acordo com o requisito relevante.
Com o transmissor modulado, a densidade de potência de transmissão deve ser medida com o analisador de espectro e plotada. Sempre que possível, a medida de máscara espectral deve ser realizada nos canais inferior, central e superior da unidade testada.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 desta norma:
- temperatura mínima e umidade relativa mínima;
- temperatura máxima e umidade relativa máxima.
I.3.2.3 Emissões espúrias e harmônicos do transmissor
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é verificar se quaisquer emissões espúrias geradas pelo transmissor estão dentro dos limites definidos nesta norma.
Instrumentos de teste:
Analisador de espectro, misturadores do analisador de espectro (quando necessário) e plotadora.
Configuração de ensaio:
Figura I.4 - Configuração de ensaio de emissões espúrias
Procedimento:
Ajustar a fonte para o valor nominal de operação. A porta de saída do transmissor deve ser conectada ao analisador de espectro através de um atenuador, filtro ou ambos para limitar a potência. Nos casos em que a freqüência máxima exceda a faixa de operação do analisador, transições em guia e um misturador podem ser utilizados. O transmissor deve operar na potência máxima indicada pelo fabricante. O nível e a freqüência de todos os sinais relevantes na faixa de freqüências especificada no requisito relevante devem ser medidos e plotados.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.2.4 Estabilidade de freqüência
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é verificar se a estabilidade de freqüência de transmissão está dentro dos limites especificados no requisito relevante. Quando o transmissor não puder ser colocado na condição de onda contínua (CW), deve ser utilizado um contador de freqüências capaz de medir a freqüência central de um sinal modulado. Quando este tipo de contador não estiver disponível, a freqüência do oscilador local (OL) deve ser medida e a freqüência de saída calculada.
Instrumentos de teste:
Contador de freqüência.
Configuração de ensaio:
Figura I.5 - Configuração de ensaio de estabilidade de freqüência
Procedimento:
Com o transmissor operando em CW, as medidas de freqüências são realizadas nos canais previamente selecionados pelo laboratório de ensaio, durante um intervalo de tempo de 24 horas. A medida de freqüência deve estar dentro da tolerância definida pelo requisito relevante.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 desta norma:
- temperatura mínima e umidade relativa mínima;
- temperatura máxima e umidade relativa máxima.
I.3.2.5 Resposta de áudio do transmissor
Objetivo:
Verificar se a resposta em freqüência de áudio do transmissor na faixa de 300 Hz a 3000 Hz não apresenta diferença da resposta de pre-ênfase de 6 dB/oitava superior à máxima especificada.
Instrumentos de teste:
Gerador de sinal, sensor e medidor de potência de RF, receptor padrão (resposta quase-ideal), analisador de resposta de áudio e medidor de desvio de freqüência.
Configuração de ensaio:
Figura I.6 - Configuração de ensaio de resposta de áudio do transmissor
Procedimento:
Ajustar a fonte para valor nominal de operação. Variar a freqüência do gerador de áudio na faixa de 300 Hz a 3000 Hz mantendo o desvio de freqüência constante de 30% do máximo permitido. Através de um analisador de resposta de áudio na saída do receptor padrão obter a diferença em decibel da amplitude relativa à de pre-ênfase de 6 dB/oitava.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.3 Ensaios de características de recepção
I.3.3.1 Sensibilidade
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é verificar se o requisito de sensibilidade mínima do receptor é atendido. A medida é realizada no nível para SINAD de 12 dB no ponto B (ou ponto C).
Instrumentos de teste:
Gerador de sinal, gerador de RF com modulador de freqüência, sensor e medidor de potência de RF e medidor de SINAD.
Configuração de ensaio:
Figura I.7 - Configuração de ensaio para nível de SINAD de 12 dB
Procedimento:
Ajustar a fonte de alimentação para valor nominal de operação.
Ajustar o Gerador de Sinal para o sinal padrão de teste.
Conectar a carga casada na entrada do receptor (ponto C da Figura 1) e medir o nível de potência do ruído, considerado como referência.
Ajustar o Gerador de RF na freqüência do receptor. Através do atenuador, ajustar a potência de entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1) para SINAD de 12 dB. Considerar este nível como o de sensibilidade para SINAD padrão.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.3.2 Rejeição de Espúrios e Componentes de Freqüências Imagens
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é identificar freqüências específicas nas quais o receptor possa ter uma resposta espúria, como por exemplo, freqüência imagem, resposta harmônica do filtro do receptor, etc. A faixa de freqüência do teste deve estar de acordo com o requisito desta norma.
Instrumentos de teste:
Gerador de RF com modulador de freqüência, gerador de sinal de áudio, sensor e medidor de potência de RF e medidor de SINAD.
Configuração de ensaio:
Divisor de potência
Figura I.8 - Configuração de ensaio de rejeição a espúrios e componentes imagens
Procedimento:
Ajustar a fonte de alimentação para valor nominal de operação.
Ajustar o Gerador de Sinal 1 para o sinal padrão de teste.
Sem o Gerador de RF2, sintonizar o Gerador de RF1 na freqüência de recepção e ajustar sua potência de saída a fim de obter o nível correspondente da sensibilidade de SINAD 12 dB na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1).
Aumentar o nível do Gerador de RF1 em 3 dB.
Ajustar o Gerador de Sinal 2 para 400 Hz e com nível que cause desvio de freqüência de 60% do máximo permitido.
Ativar o Gerador de RF2 e ajustar a sua freqüência para as freqüências imagens como sendo igual a do receptor ± 2 FI (freqüência intermediária).
Para cada freqüência imagem aumentar a potência de saída do gerador até restabelecer a SINAD de 12 dB.
A diferença (dB) entre os níveis na entrada do receptor para cada freqüência imagem e o da sensibilidade é a atenuação (ou rejeição) de cada componente imagem.
Para medir a rejeição a espúrios o processo deve ser repetido ajustando o Gerador de RF2 para as freqüências afastadas da nominal do receptor em mais de 250% do espaçamento de cada canal até 1 GHz.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.3.3 Medida de Seletividade
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é medir a seletividade do receptor através da rejeição ou atenuação que ele oferece a canais de RF adjacentes àquele para o qual está sintonizado.
Instrumentos de teste:
Geradores de RF com modulador de freqüência, geradores de sinal, medidor de SINAD, sensor e medidor de potência de RF.
Configuração de ensaio:
Divisor de potência
Figura I.9 - Configuração de ensaio de seletividade
Procedimento:
Ajustar a fonte de alimentação para valor nominal de operação.
Ajustar o Gerador de Sinal 1 para o sinal padrão de teste.
Sem o Gerador de RF2, sintonizar o Gerador de RF1 na freqüência de recepção e ajustar a sua potência de saída a fim de obter o nível correspondente da sensibilidade de SINAD de 12 dB na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1).
Aumentar o nível do Gerador de RF1 em 3 dB.
Ajustar o Gerador de Sinal 2 para 400 Hz e com nível que cause desvio de freqüência de 60% do máximo permitido.
Ativar o Gerador de RF2 e sintonizá-lo na freqüência do canal adjacente superior e com potência que restabeleça a SINAD de 12 dB.
Medir o nível na entrada do receptor e calcular a diferença entre este nível e o da sensibilidade.
Repetir o procedimento para o canal adjacente inferior.
A menor das diferenças (dB) calculadas para cada canal adjacente é o valor da seletividade do receptor.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.3.4 Rejeição de espúrios de intermodulação
Objetivo:
Verificar se os níveis de espúrios de intermodulação são rejeitados pelo receptor com a atenuação mínima especificada.
Instrumentos de teste:
Três geradores de RF, dois geradores de sinais, sensor e medidor de potência de RF, analisador de espectro e medidor de SINAD.
Configuração de ensaio:
Figura I.10 - Configuração de ensaio de rejeição a espúrios de intermodulação
Procedimento:
Mantenha os geradores de RF2 e RF3 inoperantes.
Ajustar o Gerador de Sinal 1 para o sinal padrão de teste.
Sintonizar o Gerador de RF1 para a freqüência do receptor e ajustar a sua potência de saída para que o nível de entrada no receptor (ponto B ou C da Figura 1) seja igual ao da sensibilidade de SINAD padrão.
Aumentar o nível do Gerador de RF1 em 3 dB.
Sintonizar o Gerador de RF2 para a freqüência do canal adjacente superior.
Sintonizar o Gerador de RF3 para a freqüência afastada da recepção de dois canais adjacentes superiores.
Ajustar a potência de saída dos geradores de RF2 e RF3, mantendo-as iguais, até restabelecer a SINAD de 12 dB.
Calcular a diferença entre este nível e o da sensibilidade do receptor.
Repetir o procedimento para canais adjacentes inferiores.
A menor diferença (decibel) calculada é o valor da rejeição a espúrios de intermodulação.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.3.5 Resposta de áudio do receptor
Objetivo:
Verificar se a resposta em freqüência de áudio do receptor na faixa de 300 Hz a 3000 Hz não apresenta diferença da resposta de-ênfase de 6 dB/oitava superior à máxima especificada.
Instrumentos de teste:
Gerador de sinal, sensor e medidor de potência de RF, transmissor padrão (resposta quase-ideal) e analisador de resposta de áudio.
Configuração de ensaio:
Figura I.11 - Configuração de ensaio de resposta de áudio do receptor.
Procedimento:
Ajustar a fonte para valor nominal de operação.Variar a freqüência do gerador de áudio na faixa de 300 Hz a 3000 Hz mantendo o desvio de freqüência constante de 30% do máximo permitido. Através de um analisador de resposta de áudio na saída do receptor padrão obter a diferença em decibel da amplitude relativa à de-ênfase de 6 dB/oitava.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.4 Ensaios de características de transceptor
I.3.4.1 Distorção harmônica
Objetivo:
O objetivo deste ensaio é medir a distorção no sinal de teste padrão devido às harmônicas geradas no par transmissor + receptor, associadas às suas características não-lineares.
Instrumentos de teste:
Gerador de sinal, atenuador, sensor e medidor de potência de RF e analisador de distorção harmônica.
Configuração de ensaio:
Figura I.12 - Configuração de ensaio de distorção harmônica do par transmissor + receptor
Procedimento:
Ajustar a fonte de alimentação para o valor nominal de operação. Com o transmissor conectado em série com o receptor, gerar o sinal padrão de teste para o transmissor e através do atenuador ajustar o nível na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1) para – 47 dBm ou 1 mv sobre impedância de 50 ohms. O valor indicado pelo analisador de distorção harmônica deve estar dentro do limite especificado.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.
I.3.4.2 Ruído Fixo ou Zumbido de FM do transceptor
Objetivo:
Verificar se o nível de ruído fixo ou zumbido de FM gerado pelo par transmissor + receptor não excede o valor máximo especificado.
Instrumentos de teste:
Gerador de áudio, atenuador, sensor e medidor de potência RF, medidor de ruído com psofômetro.
Configuração de ensaio:
Figura I.13 - Configuração de ensaio de ruído fixo de FM do par transmissor + receptor
Procedimento:
Ajustar a fonte de alimentação para o valor nominal de operação. Ajustar o gerador de sinal para sinal padrão de teste e inseri-lo no transmissor. Através do atenuador, ajustar o nível de potência na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1) para – 47 dBm ou 1 mv sobre impedância de 50 ohms. Medir o nível de ruído psofométrico e considerá-lo como referência. Substituir o gerador de sinal por uma carga casada e medir o nível de ruído. A diferença entre este nível e o de referência é a potência de ruído fixo.
Condições de ensaio:
O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.