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Resolução nº 360, de 1º de abril de 2004 (REVOGADA)

Publicado: Quinta, 22 Abril 2004 02:00 | Última atualização: Sexta, 29 Outubro 2021 09:00 | Acessos: 9218
Revogada pela Resolução Nº 675/2017

Aprova Norma para Certificação e Homologação de Transmissores e Transceptores Digitais para o Serviço Fixo em Aplicações Ponto-a-Ponto nas Faixas de Freqüências abaixo de 1 GHz.

 

Observação: Este texto não substitui o publicado no DOU de 22/4/2004.

 

O CONSELHO DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 22 da Lei n.º 9.472, de 16 de julho de 1997, e art. 35 do Regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações, aprovado pelo Decreto n.º 2.338, de 7 de outubro de 1997,

CONSIDERANDO os comentários recebidos em decorrência da Consulta Pública nº 461, de 11 de julho de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 15 de julho de 2003,

CONSIDERANDO que, de acordo com o que dispõe o inciso I do art. 214, da Lei nº 9.472, de 1997, cabe à Anatel editar regulamentação em substituição aos regulamentos, normas e demais regras em vigor;

CONSIDERANDO deliberação tomada em sua Reunião nº 294, realizada em 31 de março de 2004, resolve:

Art.1º Aprovar a Norma para Certificação e Homologação de Transmissores e Transceptores Digitais para o Serviço Fixo em Aplicações Ponto-a-Ponto nas Faixas de Freqüências Abaixo de 1 GHz, na forma do Anexo a esta Resolução.

Art.2º Determinar que, após 90 (noventa) dias da data de publicação desta Resolução, o cumprimento das disposições contidas na Norma para Certificação e Homologação de Transmissores e Transceptores Digitais para o Serviço Fixo em Aplicações Ponto-a-Ponto nas Faixas de Freqüências abaixo de 1 GHz tornar-se-á compulsório.

Art.3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

PEDRO JAIME ZILLER DE ARAÚJO

Presidente do Conselho

 

ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 360, DE 1º DE ABRIL DE 2004.

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES DIGITAIS PARA O SERVIÇO FIXO EM APLICAÇÕES

PONTO-A-PONTO NAS FAIXAS DE FREQUÊNCIAS ABAIXO DE 1 GHZ

1. Objetivo

Esta norma estabelece os requisitos técnicos gerais e específicos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade de transmissores e transceptores digitais para o serviço fixo em aplicações ponto-a-ponto, operando nas faixas de freqüências abaixo de 1 GHz, para efeito de certificação e homologação junto à Agência Nacional de Telecomunicações.

2. Referências

Para fins desta norma, são adotadas as seguintes referências:

I - Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos de Telecomunicações, aprovada Resolução Anatel nº 242, de 30 de novembro de 2000.

II - Anatel - Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Freqüências no Brasil.

III - ITU-R   Recomendação SM.329-9 - Spurious emissions.

IV - ITU-T Recomendação K.38 (1996) - Radiated emission testing of physically large telecommunication systems.

3. Definições

Para fins desta norma aplicam-se as seguintes definições:

I - Ambiente: entende-se como meio que cerca ou envolve os produtos para telecomunicações em operação.

II - Ambiente Totalmente Aberto: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações ficam totalmente expostos à radiação solar direta, vento e chuva.

III - Ambiente Aberto Protegido: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta e chuva, ficando, contudo, expostos ao vento e à radiação solar indireta.

IV - Ambiente Protegido com Ventilação: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, janela e outros) que permite uma troca de ar com o ambiente externo de forma natural ou mecânica.

V - Ambiente Climatizado: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, porta, janela e outros) e controle de temperatura, contudo, sem controle da umidade relativa.

VI - Ambiente Climatizado com Umidade Controlada: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, porta, janela e outros), com controle de temperatura e da umidade relativa.

VII - Ambiente Fechado: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, sem controle da temperatura, sem controle da umidade relativa e sem troca constante da umidade relativa e sem troca constante de ar com o ambiente externo. O container que proporciona este ambiente no seu interior permite aberturas para testes e manutenção em campo.

VIII - Circuito de Derivação: circuito constituído pelos filtros de derivação, circuladores, isoladores, cargas de terminação, chaves comutadoras, híbridas e cabos de interligação que permitem interligar o(s) transmissor(es) e/ou o(s) receptor(es) ao mesmo sistema radiante (figura I.1 do Anexo I).

IX - Compatibilidade Eletromagnética: capacidade de um dispositivo, equipamento ou sistema, de funcionar de acordo com suas características operacionais, no seu ambiente eletromagnético, sem impor perturbação intolerável naquilo que compartilha o mesmo ambiente.

X - Emissão Espúria: emissão em uma ou várias freqüências que se encontrem fora da faixa necessária e cujo nível pode ser reduzido sem afetar a transmissão de informação correspondente. As emissões espúrias incluem emissões harmônicas, emissões parasitas e produtos de intermodulação, mas excluem emissões na vizinhança imediata da faixa necessária, que são resultantes do processo de modulação para transmissão da informação.

XI - Equipamento a Ser Certificado (ESC): equipamento de telecomunicação a ser submetido aos ensaios prescritos nesta norma, visando a sua certificação.

XII - Espaçamento de canal: diferença entre as freqüências centrais de dois canais RF adjacentes de um determinado plano de canalização.

XIII - Estabilidade de freqüência: desvio máximo da freqüência de RF em torno do seu valor nominal no transmissor e receptor.

XIV - Faixa dinâmica de recepção: faixa de atuação do controle automático de ganho (CAG) igual à diferença entre o nível máximo (saturação) e o mínimo (limiar) para taxa de bits errados de 10-3.

XV - Freqüência de RF: freqüência da portadora do sinal.

XVI - Freqüência Imagem: freqüência de portadora indesejável cuja diferença acima ou abaixo da portadora do sinal desejado é igual ao dobro da freqüência intermediária (FI), utilizada em receptores heterodinos.

XVII - Interfaces de Banda-Base (BB): pontos de entrada (EBB) do(s) feixe(s) de informação no lado de transmissão e de saída (SBB) do(s) mesmo(s) no lado de recepção (figura I.1 do anexo I).

XVIII - Interferência co-canal: interferência sofrida por uma determinada portadora devida a outra portadora ocupando a mesma faixa espectral.

XIX - Interferência de canal adjacente: interferência sofrida por uma determinada portadora devida à outra portadora afastada de um espaçamento de canal.

XX - Máscara do espectro de transmissão: contorno de máxima densidade espectral de potência relativa à central do canal permitida na transmissão.

XXI - Medidor: instrumento de medida, pertencente ou não ao equipamento, que permite a medição de parâmetro do equipamento.

XXII - Portadora CW: portadora sem modulação.

XXIII - Relação portadora - interferência: razão entre a potência da portadora desejada e a soma das potências de portadoras interferentes, referidas à entrada do receptor interferido e expressas em watt ou miliwatt.

XXIV - Taxa de erro de bits (TEB): relação entre o número de bits recebido erroneamente dividido pelo número total de bits transmitidos.

XXV - Taxa bruta de bits: número total de bits transmitido ou recebido pela estação nodal em um segundo.

XXVI - Transparência: facilidade oferecida pelo sistema para a conexão de usuários a uma rede pública ou privada.

4. Características Gerais

4.1. Os equipamentos devem operar conforme regulamentação de canalização e condições de uso, específica para a faixa de freqüência utilizada, em particular no que se refere às freqüências nominais das portadoras dos canais de radiofreqüências (RF) e seus espaçamentos, aos arranjos dos canais de RF, às capacidades de transmissão, às larguras máximas das faixas ocupadas pelo canal e às potências de transmissão.

4.2. A capacidade mínima para sistemas ponto-a-ponto, expressa em taxa bruta mínima de bits transmitida (TBM), quando não definida na regulamentação de canalização e condições de uso para cada faixa de freqüências específica, deve ser proporcional ao espaçamento entre canais (?F) e ao número de níveis da modulação digital (M) de acordo com a seguinte fórmula:

TBM(Mbit/s) = 1,9 ?F (MHz) log (M)

4.3. O sistema ponto-a-ponto deve ser totalmente transparente para conexão de equipamento de usuário à rede.

5. Características do Transmissor

5.1. A potência de transmissão máxima na entrada do circuito alimentador da antena (ponto C’ da Figura 1), quando não definida na regulamentação de canalização e condições de uso para cada faixa de freqüências específica, não deve exceder o limite de + 40 dBm.

 

Figura 1 - Diagrama em blocos

 

5.2. O espectro de um canal RF transmitido, medido na entrada do circuito alimentador da antena (ponto C’ na Figura 1), deve atender à máscara de emissão da Tabela 1.

 Tabela 1- Máscara para o espectro de emissão

 

f’/?F

M

0

0,5

0,8

1,0

1,5

2,5

2 e 4

0 dB

0 dB

-25 dB

-25 dB

-45 dB

-45 dB

16

0 dB

0 dB

-32 dB

-32 dB

-45 dB

-45 dB

32

0 dB

0 dB

-35 dB

- 35 dB

-45 dB

- 45 dB

onde:

f ’ é o afastamento da freqüência relativa à freqüência central do canal (f’=f - fc);

?F é o espaçamento entre canais;

M é o número de níveis da modulação.

5.3. Linhas espectrais podem ser emitidas com nível que não exceda à máscara da Tabela 1.

5.4. O nível de espúrios de transmissão medido na entrada do circuito alimentador da antena (ponto C’ da Figura 1) e nas freqüências afastadas da freqüência nominal da portadora do canal de RF de mais de 250% do espaçamento entre portadoras não deve exceder os limites da máscara dada na Tabela 1 para f’/DF = 2,5.

5.5. A estabilidade de freqüência deve ser de ± 10 ppm (partes por milhão).

6. Características do Receptor

6.1. A sensibilidade dos receptores é expressa pelo nível de recepção mínimo (limiar de recepção) para TEB (taxa de erro de bits) =10-3 e TEB=10-6, referido à saída do circuito alimentador da antena receptora (ponto C da Figura 1).

6.1.1. A sensibilidade mínima para receptores de sistemas ponto-a-ponto deve atender às seguintes fórmulas e Tabela 2:

a) Limiar para TEB de 10-3 (dBm) = K3 (dBm) + 10 log [taxa de bits(Mbit/s)]

b) Limiar para TEB de 10-6 (dBm) = K6 (dBm) + 10 log [taxa de bits(Mbit/s)]

Tabela 2 - Limiar de recepção 

M

K3 (dBm)

K6 (dBm)

2

-100

-97

4

-97

-94

16

-92

-90

32

-89

-87

6.2. A faixa dinâmica dos receptores de sistemas ponto-a-ponto, referida à saída do circuito alimentador da antena (ponto C da Figura 1), não deve ser inferior a 55 dB.

6.3. Na especificação de requisitos para a sensibilidade de receptores a interferências, os níveis dos sinais desejado e interferente, assim como os valores da relação entre o nível da portadora do sinal e o nível de portadora interferente na entrada do receptor interferido (C/I), expressa em dB, referem-se ao ponto C da Figura 1.

6.3.1. A sensibilidade à interferência de canal adjacente de sistemas ponto-a-ponto deve implicar uma degradação do limiar para TEB=10-6 inferior a 1 dB com relação C/I=0 dB.

6.3.2. A sensibilidade à interferência co-canal de sistemas ponto-a-ponto deve implicar uma degradação do limiar para TEB=10-6 inferior a 1 dB com relação C/I indicada na Tabela 3.

 Tabela 3 - Valores de C/I para degradação máxima de 1 dB

M

C/I (dB)

4

44

16

30

32

33

6.3.3. A interferência de uma portadora CW (sem modulação), afastada em freqüência de 5 espaçamentos de canal e nível de 30 dB acima da portadora interferida com nível igual ao limiar para TEB=10-6, ambos referidos à saída do circuito alimentador da antena (ponto C da Figura 1), não deve causar TEB superior a 10-5.

6.4. A TEB residual de equipamento é aquela medida com nível de recepção, referido à saída do circuito alimentador da antena (ponto C da Figura 1), 6 dB acima do limiar para TEB=10-6 e não deve exceder 10-10.

6.5. Emissões espúrias do receptor em todas as freqüências em torno da freqüência central do canal na freqüência de RF, medidas no ponto B (para sistemas situados em ambientes protegidos do tempo) ou no ponto C (para sistemas situados parcialmente em ambientes não protegidos do tempo) do diagrama de blocos da Figura 1, não devem ter níveis de potência superiores aos limites estabelecidos para a Categoria A na Recomendação ITU-R (International Telecommunications Union – Radiocommunications Sector) SM. 329-9.

6.6. A rejeição à freqüência imagem deve ser superior a 75 dB para receptores com demodulação indireta ou heteródinos.

7. Circuitos de Derivação e Terminais de Antenas

7.1 A perda de retorno na entrada e saída do circuito alimentador (pontos C e C’da Figura 1) deve ser igual ou superior a 15 dB.

8. Condições Ambientais

8.1. Os fabricantes devem selecionar, entre as classes de condições de temperatura e umidade relativa especificadas na tabela 4 e definidas nos incisos II a VII do item 3, aquela aplicável às condições de operação do equipamento a ser certificado.

8.2. Os valores extremos da temperatura e da umidade relativa correspondentes à classe selecionada serão utilizados nos ensaios especificados no anexo I.

Tabela 4 - Condições ambientais

Classe Ambiental

Temperatura (ºC)

Umidade (%)

Totalmente Aberto

-10 a +55

10 a 95

Aberto Protegido

-10 a +50

10 a 95

Protegido com Ventilação

+5 a +45

10 a 95

Climatizado

+10 a +35

10 a 80

Climatizado com Umidade Controlada

+22 a +28

50 a 70

Fechado

-10 a +70

10 a 95

9. Compatibilidade Eletromagnética

9.1 O equipamento a ser certificado deve atender aos requisitos e procedimentos de ensaios, estabelecidos na regulamentação específica emitida ou adotada pela Anatel referente à compatibilidade eletromagnética.

10. Identificação da Homologação

10.1. O equipamento deve portar o selo Anatel de identificação legível, contendo a logomarca Anatel, o número da homologação e a identificação por código de barras, conforme modelo e instruções descritas no artigo 39Anexo III do Regulamento, anexo à Resolução n° 242, de 30.11.2000, ou outra que venha a substituí-la.

 

ANEXO I

MÉTODOS DE ENSAIOS PARA A AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES DIGITAIS PARA O SERVIÇO FIXO EM APLICAÇÕES PONTO-A-PONTO NAS FAIXAS DE FREQÜÊNCIAS ABAIXO DE 1 GHZ

I.1 Diagramas de Blocos

I.1.1 Os diagramas de blocos apresentados na figura I.1 são simplificados e indicam pontos de referência citados nesta norma. Em geral, os pontos C e C’ (assim como os correspondentes aos terminais de antenas TA e T’A) coincidem. Os pontos B’ e C’, B e C coincidem quando duplexadores são utilizados no lugar de circuitos de derivação.


Figura I.1. - Diagrama de blocos

I.2 Condições Gerais de Ensaio

I.2.1 Os métodos de ensaios de que trata este anexo referem-se apenas aos parâmetros específicos de transmissores e transceptores digitais requeridos diretamente por esta norma. Métodos de ensaios para a avaliação da conformidade de outros sistemas tais como interfaces de entrada e saída, de banda base, de Rede de Gerência de Telecomunicações e sistemas de alimentação, estão fora do escopo deste documento.

I.2.2 Os métodos de ensaios para a avaliação da conformidade apresentados neste anexo são típicos e recomendados. Métodos alternativos podem ser utilizados mediante acordo entre Solicitante da certificação, o Laboratório de Ensaios e o Organismo de Certificação Designado. A descrição e a justificativa para utilização do método alternativo acordado devem constar do Relatório de Ensaios.

I.2.3 O Equipamento a Ser Certificado (ESC) apresentado para avaliação de certificação deve ser representativo dos modelos em produção e um conjunto adequado deve ser fornecido para os ensaios de conformidade.

I.2.4 Todos os ensaios que serão realizados em condições ambientais de referência e seus resultados serão considerados como de referência. O desempenho do ESC em condições de referência será utilizado para comparação com resultados dos ensaios realizados em condições ambientais extremas.

I.2.5 Por razões de praticidade e conveniência, alguns ensaios serão realizados somente em condições ambientais de referência.

I.2.6 A condição ambiental de referência é uma das possíveis combinações de temperatura, umidade relativa e pressão do ar, incluídas dentro dos seguintes limites:

a) Temperatura: de +10oC a +35oC

b) Umidade relativa: de 10% a 80%

c) Pressão: de 8,6x104 Pa a 1,06x105 Pa

I.3 Configurações de Ensaio

I.3.1 Um esquema típico de configuração de ensaio para o ESC é apresentado na figura I.1.

I.3.2 Ensaios de características de transmissão

I.3.2.1 Potência de transmissão máxima

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se a média das medidas dos valores máximos da potência de saída nos pontos de referência C’ (ou B’ quando o equipamento não incluir circuito de derivação) está dentro do valor declarado pelo solicitante e de acordo com os requisitos especificados nesta norma.

Instrumentos de teste:

Medidor de potência e sensor de potência.

Configuração de ensaio:

 

Figura I.2. Configuração de ensaio de potência de transmissão máxima

Procedimento:

Com o nível de potência do transmissor ajustado no máximo, o valor médio da potência de saída é medido no ponto de referência C’ (ou B’ quando o equipamento não incluir circuito de derivação). As perdas entre o ponto de teste e o medidor de potência devem ser consideradas.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 desta norma:

- temperatura mínima e umidade relativa mínima;

- temperatura máxima e umidade relativa máxima.

I.3.2.2 Máscara espectral de RF

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se o espectro de transmissão está de acordo com os requisitos desta norma.

Instrumentos de teste:

Analisador de espectro e plotadora.

Configuração de ensaio:

 

Figura I.3. Configuração de ensaio de máscara espectral de RF 

Procedimento:

A porta de saída do transmissor deve ser conectada a um analisador de espectro com tela de persistência variável ou facilidade de armazenamento digital. Os parâmetros do analisador de espectro devem ser ajustados de acordo com o requisito relevante.

Com o transmissor modulado, a densidade de potência de transmissão deve ser medida com o analisador de espectro e plotada. Sempre que possível, a medida de máscara espectral deve ser realizada nos canais inferior, central e superior da unidade testada.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 desta norma:

- temperatura mínima e umidade relativa mínima;

- temperatura máxima e umidade relativa máxima.

I.3.2.3 Linhas espectrais discretas

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se os níveis de potência das linhas espectrais situadas a uma distância da freqüência do canal central igual à taxa de símbolos são inferiores à especificação desta norma.

Instrumentos de teste:

Analisador de espectro e plotadora.

Configuração de ensaio:

A mesma do ensaio de máscara espectral de RF.

Procedimento:

O mesmo do ensaio de máscara espectral de RF.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

I.3.2.4 Emissões espúrias do transmissor

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se quaisquer emissões espúrias geradas pelo transmissor estão dentro dos limites definidos nesta norma.

Instrumentos de teste:

Analisador de espectro, misturadores do analisador de espectro (quando necessário) e plotadora.

Configuração de ensaio:

  

Figura I.4. Configuração de ensaio de emissões espúrias

Procedimento:

A porta de saída do transmissor deve ser conectada ao analisador de espectro através de um atenuador, filtro ou ambos para limitar a potência. Nos casos em que a freqüência máxima exceder a faixa de operação do analisador, transições em guia e um misturador podem ser utilizados. O transmissor deve operar na potência máxima indicada pelo fabricante. O nível e a freqüência de todos os sinais relevantes na faixa de freqüências especificada no requisito relevante devem ser medidos e plotados.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

I.3.2.5 Máxima tolerância de freqüência

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se a tolerância de freqüência de transmissão está dentro dos limites especificados no requisito relevante. Quando o transmissor não puder ser colocado na condição de onda contínua (CW), deve ser utilizado um contador de freqüências capaz de medir a freqüência central de um sinal modulado. Quando este tipo de contador não estiver disponível, a freqüência do oscilador local (OL) deve ser medida e a freqüência de saída calculada.

Instrumentos de teste:

Contador de freqüência.

Configuração de ensaio:

 
Figura I.5. Configuração de ensaio de máxima tolerância de freqüência

Procedimento:

Com o transmissor operando em CW, as medidas de freqüências são realizadas nos canais extremos e canal central, durante um intervalo de tempo de 24 horas. A medida de freqüência deve estar dentro da tolerância definida pelo requisito relevante.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 desta norma:

- temperatura mínima e umidade relativa mínima;

- temperatura máxima e umidade relativa máxima.

I.3.3 Ensaios de características de recepção

I.3.3.1 Faixa dinâmica de recepção

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se o receptor atende ao requisito especificado nesta norma para uma faixa de valores de níveis de entrada entre o nível de saturação correspondente a uma TEB igual a 10-6 e o nível mínimo correspondente a uma taxa de erro de bits TEB igual a 10-3.

Instrumentos de teste:

Medidor de potência, sensor de potência, gerador de seqüência pseudo-aleatória e detector de erro.

Configuração de ensaio:

 

Figura I.6. Configuração de ensaio de faixa dinâmica de recepção

Procedimento:

Conectar a saída do Gerador de Seqüência pseudo-aleatória à entrada de banda base do transmissor (EBB) e o detector de erro à saída de banda base do receptor (SBB).

Colocar o transmissor em estado de espera e ajustar o atenuador para atenuação máxima. Desconectar o receptor da unidade em ensaio e conectar o medidor de potência ao ponto C (ou B quando o equipamento não incluir circuito de derivação). Ligar o transmissor e ajustar o atenuador para colocar a potência no limite superior da faixa de ensaio, correspondente  a  uma TEB igual a 10-6.

Aumentar o nível de atenuação até que o nível do sinal de entrada no receptor provoque uma taxa de erro igual ao limite especificado nesta norma. A faixa de nível de entrada do receptor é igual à diferença entre o limite superior do nível de entrada do receptor e o valor de nível de entrada que provoca a TEB igual a 10-3.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

I.3.3.2 Sensibilidade à interferência de canal adjacente

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se, quando existe um sinal modulado interferente no canal adjacente, os limites máximos de C/I correspondentes a degradações de 1 dB no limiar de recepção correspondente a TEB igual a 10-6 está abaixo dos requisitos especificados nesta norma.

Instrumentos de teste:

Dois geradores de seqüência de bits, detector de erro, sensor de potência e medidor de potência.

Configuração de ensaio:

 

Figura I.7. Configuração de ensaio de sensibilidade à interferência de canal adjacente

Procedimento:

Neste ensaio, o transmissor Tx2 deve transmitir em um dos canais adjacentes mais próximos ao do transmissor Tx1. Ambos os transmissores devem ser modulados com sinais com as mesmas características de modulação.

Com os transmissores em estado de espera, os atenuadores devem ser ajustados no valor máximo. O medidor de potência deve ser conectado ao ponto C (ou B quando o equipamento não incluir circuito de derivação). Ligar o Tx1 e ajustar o Atenuador 1 de modo a obter um sinal desejado no nível especificado para TEB igual a 10-6. Reduzir a atenuação em 1 dB  e registrar o valor de atenuação. Ligar o transmissor interferente (Tx2) e reduzir o Atenuador 2 até obter uma TEB igual a 10-6 no detector de erro.

Desligar ambos os transmissores e desconectar o guia de onda (ou cabo) no ponto C (ou B quando o equipamento não incluir circuito de derivação). Registrar o valor de atenuação do Atenuador 2 e conectar o sensor e medidor de potência ao guia de onda (ou cabo).

Ligar o Tx1 e reduzir o Atenuador 1 de modo a produzir um sinal desejado dentro da faixa calibrada do medidor de potência. Registrar o nível de potência (dBm) e a redução na atenuação (dB). A potência de sinal desejado é dada por:

Potência do sinal desejado (dBm) = Nível de potência medida (dBm) – variação na atenuação (dB).

Desligar o Tx1, ligar o Tx2 e repetir o procedimento para calcular a potência do sinal interferente.

O valor máximo de C/I para interferência co-canal correspondente a uma degradação de 1 dB (ou 3 dB) no nível de sinal recebido correspondente a TEB igual a 10-6 é dado por:

C/I (dB) = Potência do sinal desejado (dBm) – Potência do sinal interferente (dBm).

Repetir o ensaio para o outro canal adjacente.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

I.3.3.3 Sensibilidade à interferência co-canal

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se, quando existe um sinal modulado interferente no mesmo canal, o limite máximo de C/I correspondente a degradação de 1 dB  no limiar de recepção correspondente a TEB igual a 10-6 está abaixo dos requisitos especificados nesta norma.

Instrumentos de teste:

Dois geradores de seqüência de bits, detector de erro, sensor de potência e medidor de potência.

Configuração de ensaio:

A mesma do ensaio de sensibilidade à interferência de canal adjacente.

Procedimento:

Neste ensaio, ambos os transmissores devem transmitir no mesmo canal e ser modulados com sinais com as mesmas características de modulação.

Com os transmissores em estado de espera, os atenuadores devem ser ajustados no valor máximo. O medidor de potência deve ser conectado ao ponto C (ou B quando o equipamento não incluir circuito de derivação). Ligar o Tx1 e ajustar o Atenuador 1 de modo a obter um sinal desejado no nível especificado para TEB igual a 10-6. Reduzir a atenuação em 1 dB e registrar o valor de atenuação. Ligar o transmissor interferente (Tx2) e reduzir o Atenuador 2 até obter uma TEB igual a 10-6 no detector de erro.

Desligar ambos os transmissores e desconectar o guia de onda (ou cabo) no ponto C(ou B quando o equipamento não incluir circuito de derivação). Registrar o valor de atenuação do Atenuador 2 e conectar o sensor e medidor de potência ao guia de onda (ou cabo).

Ligar o Tx1 e reduzir o Atenuador 1 de modo a produzir um sinal desejado dentro da faixa calibrada do medidor de potência. Registrar o nível de potência (dBm) e a redução na atenuação (dB). A potência de sinal desejado é dada por:

Potência do sinal desejado (dBm) = Nível de potência medida (dBm) – variação na atenuação (dB).

Desligar o Tx1, ligar o Tx2 e repetir o procedimento para calcular a potência do sinal interferente.

O valor máximo de C/I para interferência co-canal correspondente a uma degradação de 1 dB  no nível de sinal recebido correspondente a TEB igual a 10-6 é dado por:

C/I (dB) = Potência do sinal desejado (dBm) – Potência do sinal interferente (dBm).

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

I.3.3.4 Interferência espúria de CW (sinais interferentes senoidais)

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é identificar freqüências específicas nas quais o receptor possa ter uma resposta espúria, como por exemplo, freqüência imagem, resposta harmônica do filtro do receptor, etc. A faixa de freqüência do ensaio deve estar de acordo com o requisito desta norma.

Instrumentos de teste:

Geradores de seqüência, detector de erro, gerador de sinal, sensor de potência e medidor de potência.

Configuração de ensaio:

 

Figura I.8. Configuração de ensaio de interferência espúria de CW 

Procedimento:

Com o Gerador de Sinal desligado, medir a potência de RF de saída no ponto C (ou B quando o equipamento não incluir circuito de derivação) usando um sensor de potência adequado, com um nível de atenuação conhecido. Substituir o sensor de potência pelo receptor em ensaio e aumentar a atenuação até que o nível requerido pelo requisito seja atingido. Registrar a TEB para este nível de sinal recebido (em dBm).

Desligar o transmissor e substituir o receptor em ensaio por um sensor de potência. Calibrar o gerador de sinais em toda a faixa de freqüências requerida no nível requerido pela presente norma, aumentado da diferença requerida para o sinal CW interferente.

Substituir o sensor de potência pelo receptor em ensaio e confirmar a manutenção do nível de TEB. Variar o Gerador de Sinal ao longo da faixa de freqüências requerida com o nível calibrado. Registrar todas as freqüências em que a TEB exceda o nível estabelecido na presente norma.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

I.3.3.5 Taxa de erro em função do nível de sinal recebido (NSR) e taxa de erro residual

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se os requisitos de TEB em função do NSR são atendidos. As medidas são realizadas nos níveis de taxa de erro especificados nesta norma.

Instrumentos de teste:

Gerador de seqüência, detector de erro, sensor de potência e medidor de potência.

Configuração de ensaio:

 

Figura I.9. Configuração de ensaio de taxa de erro em função do NSR

Procedimento:

Conectar a saída do Gerador de Seqüência à entrada de banda base (EBB) do transmissor. Enviar o sinal de saída de banda base do receptor (SBB) ao detector de erro. Registrar os valores de TEB obtidos variando o sinal na entrada do receptor com o atenuador variável. Verificar se os NSR correspondentes aos limiares de TEB estão dentro das especificações desta norma. Para a medida de taxa de erro residual deve ser utilizado o nível de recepção indicado pelo fabricante.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

I.3.3.6 Emissões espúrias do receptor

Objetivo:

O objetivo deste ensaio é verificar se as emissões espúrias do receptor estão dentro dos limites especificados nesta norma.

Instrumentos de teste:

Medidor de potência, gerador de seqüência pseudo-aleatória e detector de erro.

Configuração de ensaio:

A mesma do ensaio de emissões espúrias do transmissor.

Procedimento:

O mesmo procedimento do ensaio de emissões espúrias do transmissor deve ser aplicado. Os níveis de emissões espúrias do transmissor e receptor de um equipamento duplex podem ser medidos simultaneamente, sendo o ensaio realizado uma única vez.

Condições de ensaio:

O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item I.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

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