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Ato nº 943, de 08 de fevereiro de 2018

Publicado: Sexta, 09 Fevereiro 2018 14:24 | Última atualização: Quinta, 21 Janeiro 2021 13:19 | Acessos: 10075
 

 

 

Observação: Este texto não substitui o publicado no Boletim de Serviço Eletrônico em 9/2/2018.

 

O SUPERINTENDENTE DE OUTORGA E RECURSOS À PRESTAÇÃO - ANATEL, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria nº 419, de 24 de maio de 2013, e

CONSIDERANDO a competência dada pelos Incisos XIII e XIV do Art. 19 da Lei n.º 9.472/97 – Lei Geral de Telecomunicações;

CONSIDERANDO o Inciso II do Art. 9º do Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado pela Resolução n.º 242, de 30 de novembro de 2000;

CONSIDERANDO o Art. 1º da Portaria nº 419 de 24 de maio de 2013;

CONSIDERANDO o constante dos autos do processo nº 53500.009149/2016-55,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar os requisitos técnicos para avaliação da conformidade de transmissores e transceptores monocanais analógicos FM e PM operando em faixas de frequências abaixo de 1 GHz, conforme o Anexo I deste Ato.

Art. 2º Este Ato entra em vigor no dia 12 de fevereiro de 2018.

 

VITOR ELISIO GOES DE OLIVEIRA MENEZES

Superintendente de Outorga e Recursos à Prestação

 

ANEXO I

REQUISITOS TÉCNICOS PARA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS FM E PM OPERANDO EM FAIXAS DE FREQUÊNCIAS ABAIXO DE 1 GHZ

1. OBJETIVO

1.1. Este documento estabelece os requisitos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade de transmissores e transceptores monocanais analógicos FM e PM que operam em faixas de frequências abaixo de 1 GHz.

2. REFERÊNCIAS

2.1.Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos de Telecomunicações.

2.2.Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Frequências no Brasil.

3. DEFINIÇÕES

3.1. Ambiente: entende-se como meio que cerca ou envolve os produtos para telecomunicações em operação.

3.2. Ambiente Totalmente Aberto: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações ficam totalmente expostos à radiação solar direta, vento e chuva.

3.3. Ambiente Aberto Protegido: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta e chuva, ficando, contudo, expostos ao vento e à radiação solar indireta.

3.4. Ambiente Protegido com Ventilação: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, janela e outros) que permite uma troca de ar com o ambiente externo de forma natural ou mecânica.

3.5. Ambiente Climatizado: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, porta, janela e outros) e controle de temperatura, contudo, sem controle da umidade relativa.

3.6. Ambiente Climatizado com Umidade Controlada: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, possuindo proteção (parede, telhado, porta, janela e outros), com controle de temperatura e da umidade relativa.

3.7. Ambiente Fechado: entende-se como aquele no qual os produtos para telecomunicações não ficam expostos à radiação solar direta, radiação solar indireta, vento e chuva, sem controle da temperatura, sem controle da umidade relativa e sem troca constante da umidade relativa e sem troca constante de ar com o ambiente externo. O container que proporciona este ambiente no seu interior permite aberturas para testes e manutenção em campo.

3.8. Compatibilidade Eletromagnética: capacidade de um dispositivo, equipamento ou sistema, de funcionar de acordo com suas características operacionais, no seu ambiente eletromagnético, sem impor perturbação intolerável naquilo que compartilha o mesmo ambiente.

3.9. Desvio Nominal de Frequência: desvio de frequência da portadora causado pelo sinal padrão de teste.

3.10. Distorção Harmônica: caracterizada pela geração no transmissor de componentes de frequências múltiplas (harmônicos) do sinal padrão de teste modulante.

3.11. Emissão Espúria: emissão em uma ou várias frequências que se encontrem fora da faixa necessária e cujo nível pode ser reduzido sem afetar a transmissão de informação correspondente. As emissões espúrias incluem emissões harmônicas, emissões parasitas e produtos de intermodulação, mas excluem emissões na vizinhança imediata da faixa necessária, que são resultantes do processo de modulação para transmissão da informação.

3.12. Equipamento a ser certificado (ESC): equipamento de telecomunicação a ser submetido aos ensaios prescritos neste documento, visando sua avaliação da conformidade.

3.13. Espaçamento de canal: diferença entre as frequências centrais de dois canais RF adjacentes de um determinado plano de canalização.

3.14. Estabilidade de frequência: desvio máximo da frequência portadora em torno do seu valor nominal no transmissor e receptor.

3.15. Frequência Portadora: frequência da portadora do sinal.

3.16. Frequência Imagem: frequência indesejável que entra em conversores de frequências heteródinas e que pode causar batimento com o oscilador local para produzir a frequência intermediária e aparecer na saída do receptor. Tal frequência indesejável está afastada de duas vezes o valor da frequência intermediária em relação à frequência nominal de recepção.

3.17. Frequência Intermediária: frequência fixa resultante do batimento do sinal recebido com frequência gerada pelo oscilador local, em um equipamento heteródino.

3.18. Máscara do espectro de transmissão: contorno de máxima densidade espectral de potência relativa à central do canal permitida na transmissão.

3.19. Medidor: instrumento de medida, pertencente ou não ao equipamento, que permite a medição de parâmetro do equipamento.

3.20. Ponto de medida: ponto situado no trajeto do sinal, que implica a interrupção deste quando são realizadas medições.

3.21. Portadora CW: portadora sem modulação.

3.22. Psofômetro: dispositivo que considera as características do ouvido humano na perturbação de ruídos.

3.23. Radiofrequência [RF] (ou ondas de rádio ou ondas hertzianas): ondas eletromagnéticas de frequências, arbitrariamente, abaixo de 3000 GHz, propagando-se no espaço sem guia artificial.

3.24. Ruído fixo ou zumbido de FM: ruído de fundo ou fixo presente no transmissor e receptor mesmo sem sinal modulante da portadora.

3.25. Seletividade: capacidade de rejeição do receptor a sinais com frequências fora de sua faixa de operação.

3.26. SINAD padrão de 12 dB: relação entre a potência total de sinal padrão + ruído + harmônicas de distorção e a potência de sinal (padrão) + harmônicas de distorção igual a 12 dB.

3.27. Sinal padrão de teste: sinal modulante da portadora caracterizado por um tom de 1000 Hz e nível que resulte em um desvio de frequência de 60% do máximo permitido.

4. CARACTERÍSTICAS GERAIS

4.1. Os equipamentos devem operar conforme regulamentação de canalização e condições de uso, específica para a faixa de frequência utilizada, em particular no que se refere às frequências nominais das portadoras dos canais de radiofrequências (RF) e seus espaçamentos, aos arranjos dos canais de RF, às capacidades de transmissão, desvios máximos de frequência, às larguras máximas das faixas ocupadas pelo canal e às potências de transmissão.

5. CARACTERÍSTICAS DO TRANSMISSOR 

5.1. Potência de Transmissão

5.1.1. A potência de transmissão máxima na entrada do circuito alimentador da antena (ponto B’ou C’ da Figura 1) deve estar de acordo com a  regulamentação de canalização e condições de uso para cada faixa de frequências especificada. Não havendo valor especificado, a potência máxima deve ser de +40 dBm.

5.1.2. Os pontos B’ e C’ coincidem quando duplexadores são utilizados no lugar de circuitos de derivação.

5.1.3. A variação da potência de transmissão sem modulação não deve exceder de ± 1 dB do valor nominal fornecido.

 

Figura 1 – Diagrama em blocos


5.2. O espectro de um canal RF transmitido, medido na entrada do circuito alimentador da antena (ponto B’ou C’ na Figura 1), deve atender à máscara de emissão da Figura 2.

Figura 2 - Máscara do espectro de emissão

 

5.3. O nível de espúrios e harmônicos de transmissão medido na entrada do alimentador da antena (ponto B’ou C’da Figura 1) e nas frequências afastadas da frequência nominal da portadora do canal de RF de mais de 250% do espaçamento entre portadoras não deve exceder os limites da máscara na Figura 2 para f’/∆F = 2,5.

5.4. A estabilidade de frequência deve ser de ± 10 ppm (partes por milhão).

5.5. A resposta de áudio deve apresentar a variação máxima de +1 dB a –3 dB relativa à curva de pre-ênfase de 6 dB/oitava.

6. CARACTERÍSTICAS DO RECEPTOR

6.1. Sensibilidade do Receptor

6.1.1. A sensibilidade do receptor, expressa pelo nível de potência ou tensão elétrica na saída do circuito derivador (ponto C da Figura 1) para SINAD padrão de 12 dB, não deve exceder a –116 dBm ou 0,35 mV sobre impedância de 50 ohms, respectivamente.

6.1.2. Os pontos B e C coincidem quando duplexadores são utilizados no lugar de circuitos de derivação.

6.2. A rejeição a espúrios e componentes de frequência imagem deve resultar em uma atenuação  igual ou superior a 60 dB em relação ao nível de sensibilidade do receptor (SINAD Padrão), referidos ao ponto C da Figura 1.

6.3. A seletividade de canal adjacente deve ser igual ou superior a 70 dB para nível de SINAD Padrão de 12 dB.

6.4. A rejeição a espúrios de intermodulação deve resultar em uma atenuação igual ou superior a 50 dB relativa ao nível de sensibilidade do receptor (SINAD Padrão).

6.5. A resposta de áudio deve ser de 300 Hz a 3000 Hz com variação máxima de +2 dB a –8 dB relativa à curva de-ênfase de 6 dB/oitava.

7. CARACTERÍSTICAS DO TRANSCEPTOR 

7.1. A distorção harmônica deve ser inferior a 6 %.

7.2. A potência de Ruído Fixo ou Zumbido de FM gerado pelo transceptor deve ser inferior a do sinal padrão de no mínimo 45 dB.

8. CONDIÇÕES AMBIENTAIS 

8.1. Os fabricantes devem selecionar, entre as classes de condições de temperatura e umidade relativa, especificadas na tabela 1 e definidas neste documento, aquela aplicável às condições de operação do equipamento a ser certificado.

8.2. Os valores extremos da temperatura e da umidade relativa correspondentes à classe selecionada serão utilizados nos ensaios especificados neste documento.

Classe Ambiental

Temperatura (oC)

Umidade (%)

Totalmente Aberto

-10 a +55

10 a 95

Aberto Protegido

-10 a +50

10 a 95

Protegido com Ventilação

+5 a +45

10 a 95

Climatizado

+10 a +35

10 a 80

Climatizado com Umidade Controlada

+22 a +28

50 a 70

Fechado

-10 a +70

10 a 95

Tabela 1 – Condições ambientais

 

9. REQUISITOS DE COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA 

9.1. Avaliar requisitos técnicos vigentes na íntegra, no que for aplicável.

10. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO

10.1. Diagramas de Blocos

10.1.1. Os diagramas de blocos apresentados na figura 3 são simplificados e indicam pontos de referência citados neste documento. Em geral, os pontos C e C’ (assim como os correspondentes aos terminais de antenas TA e T’A) coincidem. Os pontos B’ e C’, B e C coincidem quando duplexadores são utilizados como circuitos de derivação.

Figura 3 - Diagrama de Blocos

 

10.2. Condições Gerais de Ensaio

10.2.1. Os métodos de ensaios descritos neste documento referem-se apenas aos parâmetros específicos de transmissores e transceptores analógicos requeridos diretamente por este documento. Métodos de ensaios para a avaliação da conformidade de outros sistemas tais como interfaces de entrada e saída, de banda base, de Rede de Gerência de Telecomunicações e sistemas de alimentação, estão fora do escopo deste documento.

10.2.2. Os métodos de ensaios para a avaliação da conformidade apresentados neste documento são típicos e recomendados. Métodos alternativos podem ser utilizados mediante acordo entre Solicitante da certificação, o Laboratório de Ensaios e o Organismo de Certificação Designado. A descrição e a justificativa para utilização do método alternativo acordado devem constar do Relatório de Ensaios.

10.2.3. O Equipamento a Ser Certificado (ESC) apresentado para avaliação de certificação deve ser representativo dos modelos em produção e um conjunto adequado deve ser fornecido para os ensaios de conformidade.

10.2.4. Todos os ensaios que serão realizados em condições ambientais de referência e seus resultados serão considerados como de referência. O desempenho do ESC em condições de referência será utilizado para comparação com resultados dos ensaios realizados em condições ambientais extremas.

10.2.5. Por razões de praticidade e conveniência, alguns ensaios serão realizados somente em condições ambientais de referência.

10.2.6. A condição ambiental de referência é uma das possíveis combinações de temperatura, umidade relativa e pressão do ar, incluídas dentro dos seguintes limites:

a) Temperatura: de +10oC a +35oC

b) Umidade relativa: de 10% a 80%

c) Pressão: de 8,6x104 Pa a 1,06x105 Pa

10.3. Configurações de Ensaio

10.3.1. Um esquema típico de configuração de ensaio para o ESC é apresentado na figura 3.

10.3.2. Ensaios de características de transmissão

10.3.2.1. Potência de transmissão máxima e tolerância de potência de transmissão

a) Objetivo: verificar se a medida da potência máxima de saída nos pontos de referência C’ (ou B’ quando o equipamento não incluir circuito de derivação) atende ao valor declarado pelo solicitante e se não apresenta variação relativa ao valor nominal acima da tolerância especificada neste documento, mais ou menos (+/-) a tolerância especificada.

b) Instrumentos de teste: Medidor de potência e sensor de potência.

c) Configuração de ensaio:

Figura 4 - Configuração de ensaio de estabilidade de potência de transmissão

 

d) Procedimento: com o nível de potência do transmissor ajustado no valor nominal e com as condições de ensaio estabelecidas, o valor da potência de saída é medido no ponto de referência  B’ (ou C’). As perdas entre o ponto de teste e o medidor de potência devem ser consideradas. Para cada valor medido, calcular a diferença percentual do valor nominal.

e) Condições de ensaio: o ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

f) Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 deste documento:

I - temperatura mínima e umidade relativa mínima;

II - temperatura máxima e umidade relativa máxima.

10.3.2.2. Máscara espectral de RF

a) Objetivo: verificar se o espectro de transmissão está de acordo com os requisitos deste documento.

b) Instrumentos de teste: Analisador de espectro e plotadora.

c) Configuração de ensaio:

Figura 5 - Configuração de ensaio de máscara espectral de RF

 

d) Procedimento: A porta de saída do transmissor deve ser conectada a um analisador de espectro com tela de persistência variável ou facilidade de armazenamento digital. Os parâmetros do analisador de espectro devem ser ajustados de acordo com o requisito relevante. Com o transmissor modulado, a densidade de potência de transmissão deve ser medida com o analisador de espectro e plotada. Sempre que possível, a medida de máscara espectral deve ser realizada nos canais inferior, central e superior da unidade testada.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios. Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 deste documento:

I - temperatura mínima e umidade relativa mínima;

II - temperatura máxima e umidade relativa máxima.

10.3.2.3. Emissões espúrias e harmônicos do transmissor

a) Objetivo: verificar se quaisquer emissões espúrias geradas pelo transmissor estão dentro dos limites definidos neste documento.

b) Instrumentos de teste: Analisador de espectro, misturadores do analisador de espectro (quando necessário) e plotadora.

c) Configuração de ensaio:

Figura 6 - Configuração de ensaio de emissões espúrias

 

d) Procedimento: Ajustar a fonte para o valor nominal de operação. A porta de saída do transmissor deve ser conectada ao analisador de espectro através de um atenuador, filtro ou ambos para limitar a potência. Nos casos em que a frequência máxima exceda a faixa de operação do analisador, transições em guia e um misturador podem ser utilizados. O transmissor deve operar na potência máxima indicada pelo fabricante. O nível e a frequência de todos os sinais relevantes na faixa de frequências especificada no requisito relevante devem ser medidos e plotados.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.2.4. Estabilidade de frequência

a) Objetivo: verificar se a estabilidade de frequência de transmissão está dentro dos limites especificados no requisito relevante. Quando o transmissor não puder ser colocado na condição de onda contínua (CW), deve ser utilizado um contador de frequências capaz de medir a frequência central de um sinal modulado. Quando este tipo de contador não estiver disponível, a frequência do oscilador local (OL) deve ser medida e a frequência de saída calculada.

b) Instrumentos de teste: Contador de frequência.

c) Configuração de ensaio:

 Figura 7 - Configuração de ensaio de estabilidade de frequência

 

d) Procedimento: Com o transmissor operando em CW, as medidas de frequências são realizadas nos canais previamente selecionados pelo laboratório de ensaio, durante um intervalo de tempo de 24 horas. A medida de frequência deve estar dentro da tolerância definida pelo requisito relevante.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

f) Esse ensaio deve ser repetido para as seguintes combinações de condições extremas de temperatura e umidade relativa, de acordo com a classe de ambiente especificado pelo fabricante para operação do equipamento segundo o item 8.1 deste documento:

I - temperatura mínima e umidade relativa mínima;

II - temperatura máxima e umidade relativa máxima.

10.3.2.5. Resposta de áudio do transmissor

a) Objetivo: Verificar se a resposta em frequência de áudio do transmissor na faixa de 300 Hz a 3000 Hz não apresenta diferença da resposta de pre-ênfase de 6 dB/oitava superior à máxima especificada.

b) Instrumentos de teste: Gerador de sinal, sensor e medidor de potência de RF, receptor padrão (resposta quase-ideal), analisador de resposta de áudio e medidor de desvio de frequência.

c) Configuração de ensaio:

Figura 8 - Configuração de ensaio de resposta de áudio do transmissor

 

d) Procedimento: Ajustar a fonte para valor nominal de operação. Variar a frequência do gerador de áudio na faixa de 300 Hz a 3000 Hz mantendo o desvio de frequência constante de 30% do máximo permitido. Através de um analisador de resposta de áudio na saída do receptor padrão obter a diferença em decibel da amplitude relativa à de pre-ênfase de 6 dB/oitava.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.3. Ensaios de características de recepção

10.3.3.1. Sensibilidade

a) Objetivo: verificar se o requisito de sensibilidade mínima do receptor é atendido. A medida é realizada no nível para SINAD de 12 dB no ponto B (ou ponto C).

b) Instrumentos de teste: Gerador de sinal, gerador de RF com modulador de frequência, sensor e medidor de potência de RF e medidor de SINAD.

c) Configuração de ensaio:

Figura 9 - Configuração de ensaio para nível de SINAD de 12 dB

 

d) Procedimento: Ajustar a fonte de alimentação para valor nominal de operação. Ajustar o Gerador de Sinal para o sinal padrão de teste. Conectar a carga casada na entrada do receptor (ponto C da Figura 1) e medir o nível de potência do ruído, considerado como referência. Ajustar o Gerador de RF na frequência do receptor. Através do atenuador, ajustar a potência de entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1) para SINAD de 12 dB. Considerar este nível como o de sensibilidade para SINAD padrão.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.3.2. Rejeição de Espúrios e Componentes de Frequências Imagens

a) Objetivo: identificar frequências específicas nas quais o receptor possa ter uma resposta espúria, como por exemplo, frequência imagem, resposta harmônica do filtro do receptor, etc. A faixa de frequência do teste deve estar de acordo com o requisito deste documento.

b) Instrumentos de teste: Gerador de RF com modulador de frequência, gerador de sinal de áudio, sensor e medidor de potência de RF e medidor de SINAD.

c) Configuração de ensaio:

Figura 10 - Configuração de ensaio de rejeição a espúrios e componentes imagens

 

d) Procedimento: Ajustar a fonte de alimentação para valor nominal de operação. Ajustar o Gerador de Sinal 1 para o sinal padrão de teste. Sem o Gerador de RF2, sintonizar o Gerador de RF1 na frequência de recepção e ajustar sua potência de saída a fim de obter o nível correspondente da sensibilidade de SINAD 12 dB na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1). Aumentar o nível do Gerador de RF1 em 3 dB. Ajustar o Gerador de Sinal 2 para 400 Hz e com nível que cause desvio de frequência de 60% do máximo permitido. Ativar o Gerador de RF2 e ajustar a sua frequência para as frequências imagens como sendo igual a do receptor ± 2 FI (frequência intermediária). Para cada frequência imagem aumentar a potência de saída do gerador até restabelecer a SINAD de 12 dB. A diferença (dB) entre os níveis na entrada do receptor para cada frequência imagem e o da sensibilidade é a atenuação (ou rejeição) de cada componente imagem. Para medir a rejeição a espúrios o processo deve ser repetido ajustando o Gerador de RF2 para as frequências afastadas da nominal do receptor em mais de 250% do espaçamento de cada canal até 1 GHz.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.3.3. Medida de Seletividade

a) Objetivo: medir a seletividade do receptor através da rejeição ou atenuação que ele oferece a canais de RF adjacentes àquele para o qual está sintonizado.

b) Instrumentos de teste: Geradores de RF com modulador de frequência, geradores de sinal, medidor de SINAD, sensor e medidor de potência de RF.

c) Configuração de ensaio:

Figura 11 - Configuração de ensaio de seletividade

 

d) Procedimento: Ajustar a fonte de alimentação para valor nominal de operação. Ajustar o Gerador de Sinal 1 para o sinal padrão de teste. Sem o Gerador de RF2, sintonizar o Gerador de RF1 na frequência de recepção e ajustar a sua potência de saída a fim de obter o nível correspondente da sensibilidade de SINAD de 12 dB na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1). Aumentar o nível do Gerador de RF1 em 3 dB. Ajustar o Gerador de Sinal 2 para 400 Hz e com nível que cause desvio de frequência de 60% do máximo permitido. Ativar o Gerador de RF2 e sintonizá-lo na frequência do canal adjacente superior e com potência que restabeleça a SINAD de 12 dB. Medir o nível na entrada do receptor e calcular a diferença entre este nível e o da sensibilidade. Repetir o procedimento para o canal adjacente inferior. A menor das diferenças (dB) calculadas para cada canal adjacente é o valor da seletividade do receptor.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.3.4. Rejeição de espúrios de intermodulação

a) Objetivo: Verificar se os níveis de espúrios de intermodulação são rejeitados pelo receptor com a atenuação mínima especificada.

b) Instrumentos de teste: Três geradores de RF, dois geradores de sinais, sensor e medidor de potência de RF, analisador de espectro e medidor de SINAD.

c) Configuração de ensaio:

Figura 12 - Configuração de ensaio de rejeição a espúrios de intermodulação

 

d) Procedimento: Mantenha os geradores de RF2 e RF3 inoperantes. Ajustar o Gerador de Sinal 1 para o sinal padrão de teste. Sintonizar o Gerador de RF1 para a frequência do receptor e ajustar a sua potência de saída para que o nível de entrada no receptor (ponto B ou C da Figura 1) seja igual ao da sensibilidade de SINAD padrão. Aumentar o nível do Gerador de RF1 em 3 dB. Sintonizar o Gerador de RF2 para a frequência do canal adjacente superior. Sintonizar o Gerador de RF3 para a frequência afastada da recepção de dois canais adjacentes superiores. Ajustar a potência de saída dos geradores de RF2 e RF3, mantendo-as iguais, até restabelecer a SINAD de 12 dB. Calcular a diferença entre este nível e o da sensibilidade do receptor. Repetir o procedimento para canais adjacentes inferiores. A menor diferença (decibel) calculada é o valor da rejeição a espúrios de intermodulação.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.3.5. Resposta de áudio do receptor

a) Objetivo: Verificar se a resposta em frequência de áudio do receptor na faixa de 300 Hz a 3000 Hz não apresenta diferença da resposta de-ênfase de 6 dB/oitava superior à máxima especificada.

b) Instrumentos de teste: Gerador de sinal, sensor e medidor de potência de RF, transmissor padrão (resposta quase-ideal) e analisador de resposta de áudio.

c) Configuração de ensaio:

Figura 13 - Configuração de ensaio de resposta de áudio do receptor.

 

d) Procedimento: Ajustar a fonte para valor nominal de operação. Variar a frequência do gerador de áudio na faixa de 300 Hz a 3000 Hz mantendo o desvio de frequência constante de 30% do máximo permitido. Através de um analisador de resposta de áudio na saída do receptor padrão obter a diferença em decibel da amplitude relativa à de-ênfase de 6 dB/oitava.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.4. Ensaios de características de transceptor

10.3.4.1. Distorção harmônica

a) Objetivo: medir a distorção no sinal de teste padrão devido às harmônicas geradas no par transmissor + receptor, associadas às suas características não-lineares.

b) Instrumentos de teste: Gerador de sinal, atenuador, sensor e medidor de potência de RF e analisador de distorção harmônica.

c) Configuração de ensaio:

Figura 14 - Configuração de ensaio de distorção harmônica do par transmissor + receptor

 

d) Procedimento: Ajustar a fonte de alimentação para o valor nominal de operação. Com o transmissor conectado em série com o receptor, gerar o sinal padrão de teste para o transmissor e através do atenuador ajustar o nível na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1) para – 47 dBm ou 1 mv sobre impedância de 50 ohms. O valor indicado pelo analisador de distorção harmônica deve estar dentro do limite especificado.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

10.3.4.2. Ruído Fixo ou Zumbido de FM do transceptor

a) Objetivo: Verificar se o nível de ruído fixo ou zumbido de FM gerado pelo par transmissor + receptor não excede o valor máximo especificado.

b) Instrumentos de teste: Gerador de áudio, atenuador, sensor e medidor de potência RF, medidor de ruído com psofômetro.

c) Configuração de ensaio:

 

 Figura 15 - Configuração de ensaio de ruído fixo  de FM do par transmissor + receptor

d) Procedimento: Ajustar a fonte de alimentação para o valor nominal de operação. Ajustar o gerador de sinal para sinal padrão de teste e inseri-lo no transmissor. Através do atenuador, ajustar o nível de potência na entrada do receptor (ponto B ou C da Figura 1) para – 47 dBm ou 1 mv sobre impedância de 50 ohms. Medir o nível de ruído psofométrico e considerá-lo como referência. Substituir o gerador de sinal por uma carga casada e medir o nível de ruído. A diferença entre este nível e o de referência é a potência de ruído fixo.

e) Condições de ensaio: O ensaio deve ser realizado com a tensão de operação nominal e nas faixas de condições ambientais de referência, dadas no item 10.2.6. Os valores de temperatura, umidade relativa e pressão, observados durante os ensaios, respeitadas estas faixas, devem ser indicados no relatório de ensaios.

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